Novas Poesias Inéditas
Alberto Caeiro
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo Como páginas, meu ser.
O que sogue não prevendo,
que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo : "Fui eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu.


3 comentários:
Isso nunca foi escrito por Fernando Pessoa!
Nunca, jamais, em tempo algum, Fernando Pessoa iria comparar a vida a uma empresa! Por favor, corrijam essa postagem: este escrito (na verdade, uma colagem de vários escritos) jamais foi obra do grande poeta Fernando Pessoa! O trecho final, por exemplo, é de Nemo Nox, dono do blog que foi eleito o melhor do mundo, alguns anos atrás...rs...
Diante de várias reclamações com relação ao texto anterior, supostamente, escrito por Fernando Pessoa resolvemos trocar o poema.
Agradecemos os esclarecimentos.
muitasoutras
Postar um comentário