segunda-feira, 14 de julho de 2008

FERNANDO PESSOA (Lisboa, 13 de junho de 1888 - Lisboa, 30 de novembro de 1935

Novas Poesias Inéditas
Alberto Caeiro
Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo Como páginas, meu ser.
O que sogue não prevendo,
que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo : "Fui eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu.

3 comentários:

Anônimo disse...

Isso nunca foi escrito por Fernando Pessoa!

Anônimo disse...

Nunca, jamais, em tempo algum, Fernando Pessoa iria comparar a vida a uma empresa! Por favor, corrijam essa postagem: este escrito (na verdade, uma colagem de vários escritos) jamais foi obra do grande poeta Fernando Pessoa! O trecho final, por exemplo, é de Nemo Nox, dono do blog que foi eleito o melhor do mundo, alguns anos atrás...rs...

Anônimo disse...

Diante de várias reclamações com relação ao texto anterior, supostamente, escrito por Fernando Pessoa resolvemos trocar o poema.
Agradecemos os esclarecimentos.
muitasoutras