foto:João Gilberto
Mais de 600 pessoas lotaram o salão de eventos da Assembleia Legislativa em uma das maiores manisfestações populares espontâneas que a Casa já viu. O protesto foi realizado durante a audiência pública que discutia a fiscalização no transportes alternativos entre loteiros, taxistas, empresários e órgãos fiscalizadores.“Temos que chegar a um consenso, porque trabalhadores honestos estão sendo tratados que nem marginais. Esta audiência é o primeiro passo para resolvermos este impasse”, disse o deputado Gilson Moura proponente do debate.
A primeira decisão prática tirada da audiência foi um encontro com a governadora Wilma de Faria na próxima semana. O grupo quer discutir, entre outros assuntos, a rigorosa fiscalização que os taxistas que fazem lotações intermunicipais dizem sofrer por parte do Departamento de Estradas e Rodagens (DER).
No final de setembro, o DER intensificou a fiscalização aos loteiros, como se autodenominam os motoristas alternativos, não regularizados.
A medida resultou em protestos que interditaram algumas rodovias do estado na semana passada. Os loteiros alegam que estão sendo tratados como bandidos pelos fiscais do DER.
A atuação dos motoristas clandestinos causou revolta no presidente da Fetronor, o empresário Eudo Laranjeiras. Ele afirmou que existem cinco sentenças judiciais que proíbem esse tipo de transporte. “Os motoristas clandestinos estão tirando os passageiros dos ônibus intermunicipais. Estes motoristas estão agindo na ilegalidade. Por causa desse tipo de transporte, mais de dois mil trabalhadores do transporte regular perderam o emprego”, declarou.
Apesar da revolta do empresário, a regularização dos serviços de lotação alternativa foi defendida pelo diretor do DER, Jáder Torres, e pelo comandante do Comando de Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE), coronel Ricardo Albuquerque.

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