Quarta-feira, 19/11/2008 - 12:11
Marina: "Eu transei com algumas cantoras, mas sem dúvida a Gal foi a mais importante. É a que vale a pena falar. Foi a primeira, né?"
Essas declarações da cantora Marina Lima, 53 anos, em entrevista à Revista Joyce Pascowitch estão causando a maior zueira nos meios artísticos. O que se comenta é que a cantora baiana Gal Gosta estaria revoltada com o que classificou de "falta de ética" de sua ex-namorada (segundo disse Marina). Em seu blog pessoal na internet, Marina Lima, decidiu classificar as pessoas que estão lhe criticando de "caretas".
Confira trechos da entrevista de Marina Lima:(...)
J.P: Além da Gal, você namorou outras cantoras.
ML: Eu transei com algumas cantoras. Não é à toa aquela história do canto das sereias. O canto hipnotiza, as pessoas se apaixonam pela voz. Eu transei com algumas cantoras, mas sem dúvida a Gal foi a mais importante. É a que vale a pena falar. Foi a primeira, né?
J.P: O que a fez chorar nos últimos tempos?
ML: Salvador. Eu tenho uma ligação com Salvador, namorei algumas pessoas de lá. Quando eu falo algumas, é uma ou duas (risos). É que foi tão intenso, que parece que foram muitas. Depois, comecei a achar que tinha um conto ali, desses que você cai. É como a Madonna fala de Hollywood, que ela ama, mas que pode tragá-la de um jeito que ela não consiga mais sair
J.P: Salvador a enfeitiçou?
ML: Eu senti Salvador assim e me afastei de lá. Logo depois tive depressão e fui menos. Mas, ultimamente, tenho ido. Há dois meses, fiz um show no Bahia Café Hall e fiquei emocionada. Foi uma vitória para mim.(...)
J.P: Marina Lima quer casar?
ML:(risos) Já morei junto três vezes. (pausa) Na realidade, é assim: Fiz 53 anos e muitas coisas na minha vida não cabem mais. Não cabe mais drama, não cabe mais coisas que vão me trazer infelicidade. Eu quero que as relações durem mais. Não estou atrás de aventura. Sou aberta para qualquer coisa, mas eu queria realmente encontrar um companheiro ou uma companheira para dividir as coisas que eu sei, para compartilhar o meu mundo, de uma maneira mais madura, adulta.
J.P: O compromisso de acertar não dá mais medo de errar?
ML: Quando se está mais velho, você se conhece melhor e já sabe o que quer. Não tem medo.
J.P: Você já disse uma vez que era pansexual.
ML: Não (risos), foi a Joyce que disse que eu era pan. Eu disse que transava com mulheres e com homens. Mais com mulheres. Eu não transo muito na realidade. A imagem que eu passo é de uma pessoa que faz [tem relações sexuais com] todo mundo e, na realidade, eu não transei com muita gente. Gosto de transar com amor. As mulheres não dividem sexo e amor.
J.P: Mulher gosta de romance.
ML: É, homem vai a uma sauna, bota tudo para fora e escolhe a mulher certa com quem ele quer ficar. A mulher se confunde toda.
J.P: Duas mulheres juntas não é muita encrenca?
ML: Conheço casais héteros que só faltam se matar (risos). As pessoas têm de pensar o seguinte: Qual é o problema de realizar as fantasias se na imaginação já se pensa tanto? Tem um abismo entre o que você pensa e o que você realiza. As pessoas imaginam loucuras, mas por preconceito têm medo de experimentar. Ninguém é obrigado a fazer nada, mas deixa quem quiser fazer.
J.P: Por que você gosta mais de mulher?
ML: Tenho mais facilidade de me relacionar com mulheres. Eu me sinto mais à vontade com uma mulher. Com homem, é mais complicado.
J.P: Por quê? Os homens a assustam?
ML: Porque somos muito diferentes. Uma mulher é um bicho de sete cabeças para qualquer homem; sendo uma mulher famosa é mais. Uma mulher famosa tida como bissexual mais ainda. E eu imagino que os homens têm uma idéia de mim de que eu sou muito desinibida. E eu não sou.
J.P: Mas você é tímida?
ML: Não sou tímida, mas quando procuro um homem é porque quero ser a mulher dele. E eles imaginam que eu vá comê-los. Quando eu tinha 24, 25 anos, namorei um cara lindo da sociedade carioca, um pão (risos). Ele me lembrava o meu irmão Beto: moreno, alto, bonito. Eu fui de coração aberto. Não era mais uma adolescente, mas senti uma paixão intensa, como se tivesse encontrado um príncipe. Transei com ele, mas eu não tinha muita experiência, e fiquei muito magoada porque ele contou para todos os amigos. Aquilo foi um choque para mim, porque eu estava apaixonada e queria aprender com ele. Foi uma decepção enorme. Então, com homem, sou muito seletiva mesmo. E tem de ser bonito (risos). Estou brincando, mas tem de ter charme e ser um homem no qual eu possa confiar.
J.P: Mulher é mais confiável?
ML: Eu tenho mais prática nisso (risos). Não vejo a mulher como uma competidora. E, com homem, eu tenho mais pudor.
J.P: Desde criança?
ML: O primeiro homem por quem eu me apaixonei foi um primo, filho do irmão do meu pai, chamado Ewaldo, o mesmo nome do meu pai. Coisa mais óbvia (risos). Eu fui apaixonada pelo Ewaldo dos 12 aos 16 anos, mas depois fiquei muito ligada à música. E lembro que eu vi uma vez a Gal [Costa] no programa do Chacrinha. A Gal com cabelo crespo, e o meu cabelo era crespo também. Ela estava com uma guitarra e cheia de anéis. E eu tinha vindo de fora, morei dos 5 aos 12 anos nos Estados Unidos, e nunca fui ligada a raízes, sempre fui mais internacional. Então, quando eu vi aquela imagem da Gal, pensei: Ah! É possível isso no Brasil. Eu tocava violão muito bem, queria trabalhar com música, mas não conseguia achar uma expressão cultural popular com a qual eu me identificasse aqui no Brasil. Quando vi a Gal no Chacrinha, vi que existia espaço para isso aqui. Fiquei louca pela Gal. Um tio meu da Bahia me levou a um show dela e eu fiquei muito fã. Passaram alguns anos e eu ouvi falar que Gal era gay. Foi um choque para mim. Um choque! Eu não estava nesse mundo. Eu namorava o Ewaldo, não estava nem imaginando isso. Aí eu soube que essa mulher, que era meu grande ídolo, transava com mulher. Foi um choque, mas aquilo abriu uma porta para mim. Até que, enfim, eu conheci a Gal. Eu tinha 16, 17 anos, e ela começou a brincar de sedução comigo. Fiquei em pânico e voltei para os Estados Unidos. Fui estudar música para ficar longe e não ter de lidar com aquilo, para poder pensar. Sou virginiana, eu gosto de pensar sobre as coisas e entendê-las. Aí, lá fora, eu vi que eu queria experimentar, e que a pessoa que eu queria era ela. Voltei para o Brasil, com uma fita e assinei um contrato com a Warner aos 17 anos. E me aproximei da Gal e acabei transando com ela. Foi muito importante para mim.
fonte:Mercado e Evento
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